Sesc RJ vence o Pinheiros e avança para a semi da Copa Brasil de vôlei feminino
A expectativa de todos no Sesc RJ era de um jogo difícil contra o Pinheiros nesta terça (21.01). E a previsão se confirmou no Tijuca Tênis Clube. Em jogo eliminatório, que valia a vaga na semifinal da Copa Brasil de vôlei feminino, o time carioca precisou de cinco sets para se manter na luta pelo tetracampeonato da competição: 3 sets a 2 (25-19, 23-25, 25-19, 22-25 e 15-12). Com o resultado, enfrentará o Sesi Bauru, no dia 31.02, em Jaraguá do Sul.
Além da vaga na decisão da Copa Brasil, o Sesc RJ teve outra conquista na noite desta terça: a volta da ponteira Drussyla às quadras. Depois de passar por um pequeno procedimento médico no final do ano, ela pode ajudar suas companheiras pela primeira vez em 2020.
“Fiquei nervosa, entrei até com a perna tremendo, mas acho que deu para ajudar. Fiz o que deu para fazer, errei alguns passes, que é minha maior responsabilidade e fundamento em que sou muito cobrada pelo Bernardo, mas é crescer. Agora é trabalhar para melhorar”, resumiu a ponteira.
Protagonista do lance mais bonito da partida, quando fez três defesas seguidas e proporcionou a oportunidade do Sesc fazer um belo ponto, num rally no terceiro set, a meio de rede Milka elogiou o adversário e espera que a dificuldade sirva de lição.
“Pinheiros é uma equipe jogueira, a gente já sabia que não poderia errar como erramos. Muitos saques desperdiçados, muitos momentos decisivos em que poderíamos ter feito a diferença e não fizemos. Isso fez elas crescerem e complicarem bem o jogo. Temos muito o que melhorar e vamos trabalhar para chegar melhores em nossa próxima partida, pela Superliga”, analisou.
Responsável pelas principais bolas de ataque do Sesc RJ, Tandara acredita que poderia ter sido mais decisiva, mas exaltou a força do grupo. Decisiva, de acordo com ela.
“Hoje foi difícil para eu colocar tantas bolas no chão, mas tentava contribuir na defesa, no saque, em outros fundamentos. Nossa força vem disso, quando uma não está tão bem, a outra entra, ajuda e o importante é que a vitória veio”, finalizou.
O próximo compromisso do Sesc RJ será pela Superliga. A equipe fará um clássico carioca diante do Fluminense, na próxima sexta-feira (24.01), às 20h, no ginásio da Hebraica. Na competição, o time de Bernardinho segue na liderança, com 32 pontos.
O jogo
Com um bom saque, o Sesc RJ começou dominando o Pinheiros e abrindo 4-1. Mas, como era de se esperar, a equipe paulista passou a valer-se de sua melhor característica, o volume de jogo, para buscar a igualdade (6-6) e virar. Em um ace da ponteira Karina a vantagem para as visitantes chegou a três pontos (12-9) e Bernardinho parou o jogo.
As recomendações do treinador carioca mexeram com o time e em um ace de Milka o Sesc RJ empatou: 13-13. Logo depois, veio a virada e quando a ponteira Yonkaira marcou 19-15, o Pinheiros já gastava o seu segundo pedido de tempo. Mas sem surtir nenhum efeito: 25-19 Sesc RJ, após um bloqueio de Juciely.
A segunda parcial mostrou, além de equilíbrio, muitos erros. As equipes se alternaram a frente do placar, mas sem abrir vantagem. Apenas nos momentos decisivos, o Pinheiros conseguiu fazer 23-21, após Pena parar no bloqueio. E manteve até fechar em 25-23.
O revés não afetou o Sesc RJ, que abriu logo 8-4 em um bloqueio de Tandara. Mas o Pinheiros seguia firme em quadra e encostou: 8-7. Bernardinho parou o jogo, tranquilizou suas jogadoras, que voltaram a abrir vantagem confortável. Após um ataque de Yonkaira na entrada de rede a diferença chegou aos três pontos: 13-10. Logo em seguida, no momento mais bonito do jogo, a central Milka fez três grandes defesas, garantiu um longo rally e o ponto do Sesc RJ, num bloqueio de Juciely: 18-15.
Apesar do lance inspirador, era o Pinheiros que jogava melhor e encostou novamente: 20-19. Assim como fez no início do set, Bernardinho parou o jogo e novamente o Sesc RJ ressurgiu. Desta vez para fechar em 25-19, depois de um bloqueio de Fabíola.
Sem vender facilmente a derrota, o Pinheiros se manteve firme em quadra. Após um ace de Lyara, o time paulista fez 10-7 e Bernardinho parou o jogo pela primeira vez no quarto set. Sofrendo na recepção, o Sesc não conseguia se impor em quadra. E para melhorar seu fundo de quadra, o técnico carioca promoveu a entrada de Drussyla, que retornava após pequeno procedimento cirúrgico feito no final de 2019, no lugar de Yonkaira.
E pouco a pouco o Sesc chegou no placar. Fabíola pontuou numa bola de segunda e fez 13-14. Em um erro do Pinheiros, em seguida, veio o empate: 14-14. A virada tinha que vir com ela. Drussyla, em um ace, fez 17-16. Em outro ace, desta vez de Gabiru, as donas da casa chegaram a 20-17. Parecia que seria um final de jogo relativamente tranquilo, mas a equipe paulista buscou o empate, após sucessivos erros do Sesc RJ: 20-20. E cresceu para fechar em 25-22 e forçar o tie break.
O equilíbrio visto em todo o jogo permaneceu no set decisivo. Apenas quando o Pinheiros errou duas vezes seguidas o Sesc RJ conseguiu abrir a primeira boa vantagem: 6-3. Sergio Negrão, técnico da equipe visitante, pediu tempo, mas a confiança das cariocas seguia em alta. Tandara fez 8-4, as equipes trocaram de lado na quadra e o time paulista mostrou brio mais uma vez.
Bernardinho parou o jogo quando o Pinheiros diminuiu a diferença no placar para três pontos: 12-9. A equipe visitante era melhor naquele momento, emplacou outro ponto com Karina e o técnico do Sesc RJ gastou seu último tempo. Na volta, Milka, em uma chutada, rodou. Fabíola emendou um ace e Tandara fechou em 15-12.
Fotos: Marcio Mercante
Mesa Brasil Sesc RJ
Os jogos das equipes feminina e masculina de vôlei do Sesc RJ disputados no Rio de Janeiro têm como entrada 2kg de alimentos não perecíveis, destinados ao ‘Mesa Brasil Sesc RJ’, programa social do Sesc RJ que visa a minimizar os efeitos da fome e do desperdício. Criado em 2000, o Mesa Brasil Sesc, no estado do Rio de Janeiro, recolhe doações de produtos alimentícios em condições de consumo, ainda que eventualmente com baixo valor comercial, e os distribui a instituições de assistência social previamente cadastradas, como asilos, creches, orfanatos, entre outras instituições. O programa atende no estado do Rio de Janeiro a mais de 850 instituições sociais, tendo uma abrangência superior a 90% dos municípios fluminenses. Além das doações, as entidades também recebem mensalmente ações educativas com o objetivo de ensinar o aproveitamento integral de alimentos, com a utilização de cascas, sementes e talos, na elaboração de receitas nutritivas e saborosas.
Os alimentos podem ser trocados por ingressos com antecedência nas unidades do Sesc RJ e em dias de jogos nas bilheterias do Ginásio Álvaro Vieira Lima (Tijuca Tênis Clube), sempre duas horas antes do início das partidas.